terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fim dos anos cinzentos!


PEDRO CALADO ex-vereador
da Câmara Municipal do Funchal
Depois de 40 anos em democracia, que País construímos? Será que não andamos demasiado tempo a brincar aos partidos políticos e aos ciclos eleitorais? Temos partidos a mais ou um excesso de democracia que não nos leva a lado nenhum... Nada se faz e nada se constrói.
 




Mais um ano está a acabar e nestas alturas aproveito sempre para parar um pouco e reflectir.
Este ano acabei por vir passar o fim do ano ao Norte de Portugal, com familiares. Custa-me estar longe da Madeira e dos nossos costumes, mas este ano teve de ser. Neste período de reflexão, dei comigo a pensar no passado histórico de Portugal, o que já fomos e fizémos e no que nós estamos. Tal como a nossa terra. O que já fomos e fizémos e como estamos. Para onde queremos ir? É a grande pergunta que se põe. Como? Quais os objectivos?

Os mais velhos recordam-se concerteza do período em que Portugal, para além dos Açores e da Madeira, exercia a seu domínio insular e ultramarino em Cabo Verde, Angola, Guiné, S. Tomé e Principe, Timor, Macau, Moçambique, India,... enfim. Fazíamos parte do Mundo com influência. Hoje, infelizmente, tudo isso mudou. Depois de vivermos à conta dos subsídios comunitários, na década de 80 e 90, veio o período de termos de pedir dinheiro emprestado à Troika para poder pagar as nossas contas... olhando para trás, conseguimos com as nossas benesses ter um país desenvolvido? Não. Temos boa saúde e educação? Bons serviços de defesa do Estado? Temos boa justiça? Temos um tecido empresarial moderno e desenvolvido?...

Depois de 40 anos em democracia, que País construímos? Será que não andamos demasiado tempo a brincar aos partidos políticos e aos ciclos eleitorais? Temos partidos a mais ou um excesso de democracia que não nos leva a lado nenhum... Nada se faz e nada se constrói. Andamos a pedir dinheiro emprestado para sobreviver e nem conseguimos pagar o que devemos. Estamos a cair na bancarrota e ainda pedem mais sacrificio... Ninguem se apercebe das consequências de andarmos constantemente aos zigue-zagues com políticas diversas?

Andamos sempre à volta e nunca em frente. Já o disse anteriormente, precisamos de um plano estratégico a 20 anos, subscrito por todos ou quase todos os partidos políticos, pondo como prioridade, o desenvolvimento do país e do seu povo. da sua cultura, da sua educação, da saúde, da justiça, da protecção dos mais pobres, cuidando dos mais velhos e encorajando os mais novos.

Incentivar a desenvolver as suas competências cá dentro e não a sair do País. Criar incentivos fiscais ao desenvolvimento, atrair investimento estrangeiro, criar sinergias e crescer em conjunto. Trabalhar em bloco e crescer depressa e bem. Aproveitar os nossos recursos naturais, o clima, o mar, a serra, a nossa excelente agricultura, potenciar o turismo, crescer com objectivos definidos e estratégias de médio e longo prazo...

Temos de sair do marasmo e do insuficiente para o bom e para o excelente. Temos condições naturais e um povo fantástico para isso.
Que seja já em 2014... com objectividade!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

MUDANÇA DEMOCRÁTICA SIM!





QUINTINO COSTA dirigente do PTP-M

Fico triste quando o presidente de uma câmara, eleito por uma coligação democrática - que durante a campanha criou um ambiente de esperança - ameaça, dois meses, se  demitir se a oposição não lhe aprovar o orçamento.

 

A democracia é a melhor forma de organização social.

Os homens e mulheres democratas, em particular os formados em História ou Ciências Sociais, devem valorizar, e muito, os actos livres e democráticos de um Povo.

O respeito intransigente do acto eleitoral de 29 de Setembro deve ser uma condição e princípio básico dos eleitos.

Fico triste quando o presidente de uma câmara municipal, eleito por uma coligação democrática, que durante a campanha criou um ambiente de esperança, mudança e de implementação de um poder local democrático, dois meses depois ameaça demitir-se se a oposição não lhe aprovar o orçamento.
 
Afirma que não governa em duodécimos. Como é óbvio, governar a capital em duodécimos não é o ideal, mas caso viesse a acontecer não era necessário encostar o eleitorado à parede e exigir tudo ou nada.

A humildade democrática deve exigir do eleito mais e melhor compreensão dos resultados eleitorais.

Antropologicamente, poderá existir uma justificação para este comportamento arrogante e desnecessário. Como sabemos, a região sempre foi governada por maiorias autoritárias, criando vícios culturais e a tradições antidemocráticas até naqueles que criticam as maiorias e o absolutismo.

O poder absoluto do jardinismo arrepia qualquer democrata, mas a narrativa do Sócrates não serve ao Funchal. Deve existir outra metodologia de trabalho na elaboração do próximo orçamento municipal. A chantagem poderá não funcionar. A recente história de Sócrates resultou numa pesada derrota.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS O TANAS!

 
O problema deste povo, mais do que a memória curta que é uma das suas imagens de marca, é que saltita de festa em festa, numa euforia desmedida. Metem-lhe a mão no bolso ou o dedo sabe-se lá onde, mas para este povo roubado, espoliado, empobrecido
                        e ridicularizado, o que conta é a festa.

 
A quatro dias do Natal, não tarda muito para que, inevitavelmente, tenhamos a repetição da palhaçada do costume. Falo das mensagens natalícias hipócritas lidas por gente hipócrita. O costume, nesta altura do ano. Até Cavaco, qual "rainha de Inglaterra", vai escolher a melhor poltrona para perorar, agora no Natal ou lá mais para o fim do ano, sobre as baboseiradas do costume. Oblá-blá que já chateia, e que explica por que razão não queremos mais aturar este contorcionismo de quem tem andado a lixar este povo e este país.

Mais valia que o homem se disfarçasse de pastor sem gado e saltasse para dentro de um qualquer presépio gigante e lá ficasse durante umas semanas. Ficaríamos todos livres das teorias natalícias do costume e das banalidades presidenciais que já tresandam. Bom seria que o homem não fosse sozinho nessa sua aventura “presepiana” que lhe recomendaria. A ideia era levarconsigo um Coelho também Passos – por mim este até podia ir disfarçado de bezerro d´ouro que não me importava nada… - que tanto o ridiculariza, provoca e afronta o inquilino de Belém aos olhos dos cidadãos. Pudera, o homem não quer chatices. Agora são os presépios de Mariza que exige sorrisos de todos nós. Eu dava-lhe um sorriso, olé se lhe dava…
 
Diria mesmo que este Coelho, que também é Passos,bem podia substituir nas palhinhas da manjedoura o menino Jesus,”lui-même”, que certamente ficaria mais aliviado por não ter que aturar tão medonha e sinistracompanhia. O meu problema, melhor dizendo, a minha dúvida é saber se, neste quadro de novos protagonistas num imaginário presépio natalício, a vaca e o burro não se passavam dos carretos por causa da presença destesintrusos nesta história do faz-de-conta...

À podridão emanada por quem (des) manda neste país, não podia faltar aquelas patéticas farsas do costume, as mensagens de Boas Festas a um povo cada vez mais pobre, humilhado, roubado e emigrado. Boas festas o raio que os parta a todos!

Vão para a televisão com conversas tontas e votos de Bom Natal ou Bom Ano, ao mesmo tempo que andaram366 dias a meter a mão no bolso dos cidadãos,roubando-lhes descaradamente por decreto. E o outro, qual “rainha” sem trono, ou menino mimado com a mania que adivinha tudo, limita-se a virar a sua carinha laroca para o lado como se não fizesse parte de um filme onde é realizador e produtor. Alguns até levam esposas, filhos, animais de estimação e outras “peças” para alindar o quadro televisivo nestas palhaçada!
 
Um dia destes os que roubam salários e cortam pensões e reformas, hipocritamente vão sentar-se frente a uma câmara de televisão e com aquele cinismo do costume, a imagem de marca da corja bandalha que nos desgraça, vão desejar-nos um Bom Natal. Depois de tudo oque fizeram e semanas antes, quiçá depois dos Reis, de se vingarem do chumbo do Tribunal Constitucional e voltarem a roubar-nos a todos.

Espero que as pessoas ao menos poupem ovos, tomates e outros objetos, porque de nada serve atirá-los aos écrans das televisões que não têm culpa nenhuma, coitados, de serem meras caixas-de-ressonância de umas bestas que gozam de todos nós.

O problema deste povo, mais do que a memória curta que é uma das suas imagens de marca, é que saltita de festa em festa, numa euforia desmedida. Metem-lhe a mão no bolso ou o dedo sabe-se lá onde, mas para este povo roubado, espoliado, empobrecido e ridicularizado, o que conta é a festa. Quando acordar dessa triste apatia, quando perceber que lhe andaram a cantar a canção do bandido, provavelmente será tarde demais.

Diz-se que cada povo tem o que merece e que não foge ao destino que lhe está reservado. Como a democracia é isso mesmo, um sistema político que nasce no povo e emerge do povo, direi adicionalmente que cada povo tem os governantes que quer. E merece.

A crise? Que se lixe a crise, porque a festa vem aí. Cortes de salários? Não se fala nisso durante uns dias, porque a festa está à porta! Desemprego, fome, roubos nos salários, reformas e pensões? Que se lixe tudo isso porque estamos em festa e em festa não se fala das desgraças que nos atormentam nos restantes dias do ano.

Boas Festas? O tanas.
Há uns desgraçados a quem não devíamos poder desejar boas festas. Porque não as merecem. Eles que se lixem.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Reforma do Estado…



PEDRO MOTA vice-presidente
do CD Nacional
Ora, se não existem dúvidas sobre
a necessidade de requalificação
e redimensionamento da “máquina” do Estado (nem que seja pelo facto de existir internet e e-mail), também não há receio em afirmar que a falta de técnicos qualificados e o ataque aos mesmos gera um problema grave na Administração Pública.

Foi discutida recentemente a “Reforma do Estado”. Ao que parece essa discussão redundou num panfleto inócuo, recheado de palavrinhas tão bonitas quanto despiciendas e por esse facto, a consequência será novo ataque ao funcionalismo público, ataque esse que será realizado de forma geral e abstracta.

Ora, se não existem dúvidas sobre a necessidade de requalificação e redimensionamento da “máquina” do Estado (nem que seja pelo facto de existir internet e e-mail), também não há receio em afirmar que a falta de técnicos qualificados e o ataque aos mesmos gera um problema grave na Administração Pública.

Efectivamente, é minha opinião que um dos pontos que permitiria a mudança e o início de uma verdadeira Reforma do Estado seria a valorização dos funcionários mais qualificados.

Todavia, essa valorização não seria efectuada com “estas” avaliações ou com o acesso a formação de excelência reservado como está, mas sim com a proibição de “recrutamento” de assessores para ministérios ou secretarias de estado.

Deste modo, cada novo ministro ou secretário de estado só poderia trazer para a administração pública 1 (uma) pessoa, com funções relativas a chefia do gabinete ou secretariado.

Qualquer nomeação de assessoria ou aconselhamento seria proibida de forma a valorizar a carreira do funcionário público que está já integrado no ministério ou secretaria de estado.

Na Região Autónoma da Madeira não sentimos esta questão devido à estabilidade governativa existente, mas a nível nacional é possível imaginar a lista de nomeações para assessoria, aconselhamento ou simples prestação de serviços que ocorre de 4 em 4 ou de 8 em 8 anos.

E com esse rodopio ocorre outra coisa: todos pretendem impor o seu “cunho pessoal” que, muitas vezes, acaba por ser “rasgar” o que vem de trás e começar uma coisa nova.

Na área da investigação e tecnologia, por exemplo, o bom trabalho que estava ser feito pelo governo português foi posto de parte e outro começou a ser feito.


Mas não deve ser assim: quem quer dar o seu “cunho pessoal” deve levar aquele projecto que já existe a um determinado resultado e da forma que entender, mas não pode mudar o projecto.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Funchal 2014 – orçamento de miséria


DÍRIO RAMOS engenheiro
 
Dizia-se que Albuquerque (PSD)
era despesista. A Mudança só poupa 0,71%
no seu orçamento (...) Com esta receita do IMI, poderia ser aprovada a proposta da CDU para 0,3, mas Cafôfo ficou-se por 0,34.



Entre o orçamento de 2013 e o de 2014, o IMI subiu quase 20%. Falta ainda avaliar o impacto, da «prestação adicional» que muita gente teve de pagar em novembro em consequência de uma avaliação feita em 2013, mas com efeitos retroativos a 2012.

Com esta receita do IMI, poderia ser aprovada a proposta da CDU para 0,3, mas Cafofo ficou-se por 0,34. Que dizer do vereador da Mudança, que em Agosto, no DN  afirmava que o IMI é facilmente eliminado se taxarmos as grandes fortunas.

Quanto ao polémico IRS, que o CDS, CDU e PSD forçaram a Mudança a baixar para 4%, só retirou 260 mil euros à CMF.  No passado o PS defendia IRS zero. 

A derrama , aprovada com os votos de Cafofo e da CDU, deu à CMF , 1 milhão de euros, mas se fosse aprovada a proposta da CDU daria 3 milhões de euros!

A venda de bens da CMF tem um aumento de 55,7% em 2014 e os parques de estacionamento mais 19,92%. Onde andam as promessas eleitorais?! Na habitação não se verifica nenhum projeto de requalificação dos Bairros Sociais. Que fazer do elogio do PTP ao seu vereador na Mudança, quando ele refere que só no Funchal são necessárias mais de mil habitações?!

As verbas para os medicamentos prometidos não chegam aos 500 mil euros e o seu regulamento não está claro. Existem outros 500 mil euros para a emergência social, verba que é uma gota de água para as necessidades da população!

 A CDU defendia 5% do PPI , para o chamado «Orçamento participativo», que daria 1,5 milhões de euros. Cafofo fez aprovar 5 mil euros!

As funções sociais da CMF baixaram 5 milhões em 2014, ou seja 45,03% a menos em relação a 2013. O  Plano Plurianual de Investimentos (PPI),  diminui 42,4%. Este orçamento e o PPI da CMF é uma desgraça. É o pior dos últimos anos e não é uma Mudança mas uma fraude eleitoral.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Horários Escolares versus prática desportiva

 

NUNO NARÉ coordenador de
futebol de formação do Marítimo 
 
 
Será que o número assustador de insucesso escolar
para quem pratica desporto não esta
também relacionado com a carga horária?
Não seria possível os alunos que praticam desporto
terem só aulas manha ( até as 15) ou de tarde?




Ao constatar os horários escolares a nível Nacional, cheguei à conclusão que é difícil para não dizer impossível conciliar, com sucesso a escola com o desporto e passo a explicar.

A maioria dos atletas com carga horaria predominante da parte da tarde entram as 13:30
saem as 18:30 tendo ainda aulas no período da manha das 8:30 as 10:30. Quando a carga horária é predominante no período da manhã a entrada é as 8:30 saída as 13:30 e da parte da tarde entrada as 16:30 saída as 18:30.

Ora bem com uma carga horária destas os treinos dos estudantes / desportistas acabam em
média às 21:30 (ou mais) chegada a casa nas melhores das hipóteses 22:30 /23:00, jantar e
cama que amanhã escola cedo…

Agora coloco duas questões.
(1) Com horários destes os desportistas/ estudantes estudam quando?
(2) Será possível ter sucesso no desporto e na escola com o acumular de cansaço físico e mental escola / treinos.

Não entendo! Como é possível os horários escolares em Portugal não permitirem a prática
desportiva!

De referir que na maioria dos Países do Mundo os treinos para quem pratica desporto termina 15:00 (em media), outros tem treino de manha e escola no período da tarde.
Porque não se consegue em Portugal?

Será que o número assustador de insucesso escolar para quem pratica desporto não esta
também relacionado com a carga horária? Não seria possível os alunos que praticam desporto terem só aulas manha ( até as 15) ou de tarde?

E já agora em tempos de crise não era uma “lufada ar fresco “ para os clubes que os treinos se realizassem em horário que não fosse necessário utilizar a iluminação dos campos? Quanto poupavam os clubes? Será assim tão complicado? Quando será que as cargas horárias (feitas pelos directores das escolas) passem a ser feitas a pensar nos alunos e não nos professores?

Abraço a todos e coragem e sacrifício para os desportistas para conseguirem conciliar os
estudos e a prática desportiva.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Ser ou não ser?....

CARINA FERRO deputada
 "Nenhum aluno deveria ser humilhado diariamente porque
o colega do lado tem maior capacidade financeira (...)
 
Um Secretário à séria já se teria preparado para lidar com as adversidades no meio escolar..."


Sempre me disseram que o nosso percurso profissional  deve primar pelo respeito, rigor, disciplina, qualidade e excelência, sentido de responsabilidade e, last but not least, pela boa educação. A questão que se coloca é: quo vadis educação? E, em última instância, quo vadis RAM?

Quando a promessa da estabilidade da carreira docente se transformou em pura ilusão, coloca-se agora em causa a estabilidade no percurso escolar do educando. Nenhum aluno deveria ser humilhado diariamente porque o colega do lado tem maior capacidade financeira e não teve de recorrer aos apoios da Ação Social Escolar e, como tal, não teve de passar meses à espera dos manuais escolares que, ano após ano, tardam em chegar
.

Nenhum aluno deveria ver o seu direito à igualdade de oportunidades penhorado, sendo promovida a exclusão social dentro da própria sala de aula, não por vontade dos docentes, mas pelas privações de material escolar que muitos alunos enfrentam.

É inadmissível que, além das privações diárias a que muitos estão sujeitos, existam ainda privações no meio escolar que condicionam o sucesso escolar do aluno. 
 
Nenhum aluno deveria ser prejudicado pela inércia e incompetência alheia. Mais do que isso, nenhum aluno deveria ser prejudicado por lutar por um futuro melhor. Este é um mundo de oportunidades, e ninguém deveria ser privado dos seus direitos de, pelo menos, poder tentar mudar o seu futuro.
 
Um Secretário à séria já se teria preparado para lidar com as adversidades no meio escolar, já deveria ter previsto mudanças nos manuais escolares e eventuais atrasos na entrega dos mesmos e deveria ter agido em conformidade.
 
E, assim, ser ou não ser?.. Se o “ser” implica sentido de responsabilidade e, acima de tudo, conhecimento da realidade, o “não ser” tem sido o mote de governação deste Sr. Secretário, para mal da credibilidade do sistema educativo regional.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Arregaçar as mangas e honrar a história!

JOSÉ PRADA advogado

"Fecham tribunais, aumentam as custas judiciais, não se pagam
os defensores
oficiosos,
dificulta-se o acesso ao apoio judiciário…
Mas, o que se passa?! Enlouqueceram todos?!"
 
 
O Primeiro-Ministro considerou que a reforma da Justiça era essencial para a modernização do País, para o desenvolvimento empresarial e para o próprio crescimento económico.

Prometeu dar passos para fazer do sistema da Justiça um factor de competitividade. Contudo, a verdade é que das imensas medidas anunciadas, quase nenhuma foi colocada em prática.

Os tribunais são lentos. Sim, já todos sabemos e ouvimos isso no nosso dia- a-dia. Mas, se os tribunais andam devagar, as soluções dos nossos governantes também não primam pela rapidez… bem pelo contrário.

O nosso povo perdeu a confiança no seu sistema judicial. Como podemos viver num país que não confia na Justiça, num dos pilares do Estado democrático. Os processos amontoam-se nos nossos tribunais, faltam recursos infra- estruturais e humanos.
Como resolver este problema?!

Fecham tribunais, aumentam as custas judiciais, não se pagam os defensores oficiosos, dificulta-se o acesso ao apoio judiciário…
Mas, o que se passa?! Enlouqueceram todos?!

Chegou a hora dos nossos governantes saírem dos seus palácios e virem à rua ouvir as pessoas. O estado da Justiça é também um reflexo da crise económica, social e política que atravessamos.

Chegou o momento de mobilizar os Portugueses, reunir energias. Vamos avaliar o que fizemos de errado e aprender com os nossos erros. Neste momento crítico para Portugal, não há lugar a indecisões. Que se calem os Velhos do Restelo. Precisamos de confiança.

Nós somos Portugal, um País de conquistas, coragem, luta e heróis.
Cada um de nós pode e deve fazer a diferença.
Enquanto houver um desempregado, um doente sem assistência médica, um estudante que deixe a Faculdade porque não pode pagar as propinas, um sem- abrigo, significa que estamos a perder a batalha.

Chegou a hora de arregaçar as mangas e honrar a nossa História.
Os nossos filhos não nos perdoarão se não soubermos defender o nosso País.

Esta é uma luta que não podemos perder. Vamos vencer a crise porque Portugal foi afortunado com um Povo vencedor. Vamos vencer a crise porque somos Portugal!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013