segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sem tabus

FILIPE MALHEIRO, Jornalista
Para todos os candidatos já anunciados à liderança do PSD/M, mais importante do que andar agora a perder tempo com discussões sobre propostas, programas, ideias, visões, etc...é preciso manter a unidade possível de um PSD/M ainda não refeito do tremendo soco no estômago sofrido com a derrota nas autárquicas de Setembro de 2013.

Falar da situação no PSD da Madeira, na perspetiva do que se seguirá às europeias de 25 de Maio, não pode constituir um tabu.

A vida dos partidos é isso mesmo. Os partidos não acabam no tempo, nas derrotas eleitorais, nem se esgotam com as lideranças, sejam elas quais forem. Os partidos, quanto muito, fragilizam-se, reduzem a sua influência na sociedade, alguns até são obrigados a longas e penosas "travessias no deserto". Mas acabam sempre por renascer, se forem persistentes, se forem coerentes, se mantiverem perante a sociedade, as pessoas, a economia, o estado social, uma atitude construtiva e pragmática.

Tal como todos os outros partidos políticos, na Região ou no país, o PSD da Madeira não é diferente. Nem podia ser diferente. No fundo os partidos são isso mesmo, realidades construídas por homens e mulheres para servir os homens e as mulheres. Podem alterar as regras, os regulamentos, os estatutos, os regimentos, etc, mas os processos de decisão, numa perspetiva democrática de respeito pela liberdade das pessoas, são os mesmos. Se assim não for, então são princípios democráticos que se questionam ou se colocam em causa, com tudo o que de pouco abonatório isso implica para a política e os seus protagonistas

Propositadamente referi-me ao período pós-europeias. Porquê? Porque acho que para todos os candidatos já anunciados à liderança do PSD da Madeira, mais importante do que andar agora a perder tempo com discussões sobre propostas, programas, ideias, visões, etc - que terão o seu tempo próprio e toda a importância do Mundo, no momento adequado, mas nunca antes das eleições de Maio - é preciso manter a unidade possível de um PSD-Madeira ainda não refeito do tremendo soco no estômago sofrido com a derrota nas autárquicas de Setembro de 2013 (apesar de ter sido o mais votado, que de pouco adiantou em eleições com as características das autárquicas) e lutar pelo melhor resultado eleitoral possível num contexto político, social e económico deprimente e adverso.

Faz algum sentido que em plena campanha eleitoral para as europeias - e é bom que a campanha seja devidamente estruturada e pensada em todas as suas vertentes, porque essa teoria do "mais do mesmo" foi fulminada em Setembro do ano passado - se andem a discutir na praça pública questões relacionadas com a corrida eleitoral no PSD da Madeira, sem candidaturas oficialmente formalizadas, confundindo alhos com bugalhos, como se fosse esse o procedimento mais correto e adequado?

Um PSD da Madeira eleitoralmente ainda mais fragilizado representará um problema acrescido complicado para todos os candidatos, sejam eles os autoanunciados, sejam os que de facto estarão na corrida. O PSD da Madeira tem a sua massa de militantes e de simpatizantes muito própria. O partido sabe que vai entrar num processo de decisão interno que deve resultar de uma longa reflexão coletiva, sem condicionalismos, sem regras estranhas, sem sectarismos, tendo em vista escolher a melhor solução. É disso que falamos.

Os militantes social-democratas que farão as suas escolhas e tomarão as decisões em Dezembro próximo, nas "diretas" não devem fazê-lo em função de pressões, insinuações, sugestões, manipulações, etc. Ninguém é dono das suas consciências ou da sua liberdade de escolha e de decisão. Por isso devem recusar, de forma exemplar, a possibilidade de fazerem a vontade a sectores, incluindo de opinião, que não são, nunca foram, nem alguma vez serão do PSD. Pelo contrário, quanto mais fragilizado, dividido e descrente o PSD da Madeira estiver melhor para eles. Percebe-se facilmente que assim seja.

Mas isso não exige um pensamento único, nem uma solução imposta seja por quem for. Os militantes em condições de participar nesse processo interno de decisão - e bom seria que todos os cerca de 10 mil filiados o estivessem - devem fazer as suas escolhas e tomar as decisões, tendo no final a certeza de que escolheram com convicção e em liberdade. Isso será sempre o mais importante.

Não tenhamos dúvidas: aconteça o que acontecer ao PSD da Madeira, no seu futuro próximo, é um facto que, eleitoralmente, vamos entrar num novo ciclo – ou ser ou não de penosa travessia do deserto, para os social-democratas, dependerá apenas das decisões que tomar e do pragmatismo que pontificar ou não no seu seio - pelo que é natural que os partidos que hoje estão na oposição regional, particularmente os mais pequenos, e aqueles que, em primeira instância, serão os mais penalizados com uma redução de mandatos no parlamento madeirense, queiram saber primeiro os contornos dessa nova possível realidade eleitoral regional para depois aceitarem, ou não, qualquer debate sobre a alteração da lei eleitoral regional, processo que, como é sabido, passará sempre pela decisão (aprovação) final da Assembleia da República.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Era uma vez...

QUINTINO COSTA, Dirigente do PTP
 O direito à educação, à saúde, a melhores condições de habitabilidade, o acesso generalizado à eletricidade, à água; o direito à informação (sempre condicionada à ideologia jardinista), o acesso ao desporto e à cultura foram frutos de Abril e foram sempre contestados pelo PSD que executou tais políticas, não por convicção, mas por obrigação constitucional, pela luta do povo e, por vezes, por necessidades eleitorais

Era uma vez uma terra onde reinava a pobreza e a exploração do seu povo. Os cereais cultivados eram controlados a dedo em quantidade e qualidade com o objetivo de alimentar a nobreza do reino. Com a implementação da República, vira o disco e toca o mesmo, a farinha e o leite eram o ouro extraído desta terra, produzidos com o suor dos pobres e o Estado explorador comia tudo.

Na ditadura de Salazar, continuou o saque e os explorados continuavam a ser os mesmos de sempre. O povo da terra, para alem de ser explorado pelo regime centralista, tinha à perna os senhorios, que tal como carraças sugavam todo o sangue dos caseiros, deixando-os na miséria total. E um dia chegou a democracia. Com ela veio a autonomia politica e administrativa da miserável e explorada região.

Os senhorios, por força da luta dos caseiros, viram a escravidão parcialmente abolida. O povo, embora tímido e preso a uma cultura de submissão, viveu os “ares” de Abril, sonhou com a liberdade embora condicionada ao meio, à educação e à cultura ou falta dela. Apesar de todas as limitações próprias de um povo isolado e discriminado, nada seria como antes.

O regime democrático e autonomista, embora caísse em mãos alheias e avessas aos ideais de Abril, teve de abrir caminho ao desenvolvimento. O direito à educação, à saúde, a melhores condições de habitabilidade, o acesso generalizado à eletricidade, à água; o direito à informação (sempre condicionada à ideologia jardinista), o acesso ao desporto e à cultura foram frutos de Abril e foram sempre contestados pelo PSD que executou tais políticas, não por convicção, mas por obrigação constitucional, pela luta do povo e, por vezes, por necessidades eleitorais. Uma terra e um povo escravizado pela classe dominante desde a monarquia até a suposta democracia.

Mas não podemos dizer que era uma vez, pois continua a existir escravidão, exploração, desemprego e a atitude ditatorial do quero posso e mando. A falta de ética e moral corre nas veias dos chicos espertos desta terra. Digo que tudo isto ainda continua acontecer e está enraizado na cultura das gentes menos idóneas desta terra, já que recentemente - não falo de há alguns séculos atrás pois aconteceu há duas semanas - uma jovem empregada de escritório, por ter ficado doente, teve que apresentar baixa médica na empresa onde trabalhava há três anos.

Quando regressou às suas funções na empresa de mármores foi insultada, difamada e até agredida fisicamente pela entidade patronal. A jovem recorreu ao sindicato, solicitando ajuda, mas o senhor Caracóis, dono do sindicato, disse-lhe que tinha de ter paciência e chegar a um acordo com entidade patronal agressora.

A trabalhadora não aceitou a recomendação. Para seu espanto, recebeu um telefonema do advogado da empresa, que também é presidente de um sindicato, apresentando-lhe uma proposta miserável para rescisão de contrato, acompanhada de uma ameaça, caso não aceitasse a proposta: o assunto vai para ser resolvido no tribunal e “lá ganha quem tem poder e não quem tem razão”. Estas palavras foram proferidas pelo advogado de uma empresária sem escrúpulos, mas são ainda mais graves e até nojentas porque quem as proferiu também é sindicalista. Acorda Madeira e liberta-te povo! Grita Abril sem medo!

domingo, 13 de abril de 2014

Portas - o homem sem memória

DÍRIO RAMOS, Engenheiro
O seu amigo Passos tem com ele uma relação de teimosia, de casmurrice, uma espécie de omor/ódio. Vai chegar ao fim do mandato e, nessa altura, dará novamente « cartas», com o PSD ou com o PS o que interessa é estar, onde ele odeia estar, no Poder! Portas na sua cruzada afirmava que nunca, jamais, iria para a política. Imagine-se que Portas gostava de política! O que seria!?


O jovem Paulo, sempre inquieto, saiu da JSD e do PSD em 1982, e nove anos bastou-lhe de militância. Para ele os Partidos eram uma maçada, uma chatice! Os quadros dos partidos eram medíocres, só lá estavam para subir na vida… A sua preocupação era com aqueles que iam para os partidos burgueses, PS, PSD e CDS. Paulo era anti-burguês! Paulo fazia justiça aos militantes do PCP, que não iam para o partido para ter tacho. Discordava do PCP, também era o que faltava, mas os comunistas para ele eram coerentes. Ele era o «manda-chuva» do Jornal independente que denunciava negociatas em Portugal e nas ex-colónias, e até o caso do fax de Macau que descobriu as luvas do governador Melancia.

Emocionava-se quando falava dos partidos! Era uma espécie de anarquista, afirmava-se geneticamente contra o poder e, falando de «coração aberto», não tinha dúvidas: no dia em que algum amigo dele fosse do poder, Paulo não hesitaria em combater o seu amigo e abandonava-o Todos os políticos eram uma desgraça, não tinham pensamento político.

O seu irmão Miguel, ainda membro do PCP naquela altura, já não era comunista, segundo Paulo. Comparando Cavaco com Salazar, é claro na diferença entre eles: o Dr. Cavaco não é democrata nem deixa de ser… Salazar era voluntariamente anti – democrata. Para Paulo, Salazar teve pensamento político, Cavaco não tem. Salazar, foi bom até 1958, afirma Paulo que em democracia pós 25 de Abril, Salazar ganharia muitas eleições. Afinal Paulo foi para o CDS. Apoiou, durante tanto tempo Manuel Monteiro até o destruir.

A Monteiro restou-lhe fundar o PND, o partido da verdadeira direita, hoje barriga de aluguer de implosivos anarco-fascistas. Ele é um fascinado pelas juventudes, pelos idosos… dá beijinhos , vai às feiras e não há «cigano» que não o conheça… Juntou-se ao ex-maoista Durão Barroso. Foi para o Poder que tanto detestava! Passou tanto tempo a viajar, papou quilómetros de avião e só tinha algum sossego quando estava no ambiente azul com bolinhas ao centro e lugares cintilantes. Foi um férreo inimigo de Sócrates, e isso valeu-lhe ter de ir para o poder, que ele tanto odeia…

O seu amigo Passos tem com ele uma relação de teimosia, de casmurrice, uma espécie de omor/ódio. Vai chegar ao fim do mandato e, nessa altura, dará novamente « cartas», com o PSD ou com o PS o que interessa é estar, onde ele odeia estar, no Poder! Portas na sua cruzada afirmava que nunca, jamais, iria para a política. Imagine-se que Portas gostava de política! O que seria!?

terça-feira, 8 de abril de 2014

Arrendamento

PEDRO MOTA - Jurista



Ainda hoje, é extremamente perigoso arrendar; o inquilino pode pura e simplesmente
não pagar a renda e é uma complicação enorme para pô-lo fora.




O mercado de arrendamento começa a pouco e pouco a sua recuperação.
Só em 2013 começou a ser corrigido um dos maiores logros da história económica
portuguesa.
O fim do “congelamento” absurdo e ilegal de rendas. Como é possível que isto tenha
durado tanto tempo? Como é possível que o Estado tenha “metido a pata” em negócio
entre dois privados e tenha entalado todo o mercado do arrendamento durante dezenas
de anos.
A origem histórica deste “congelamento de rendas” tem que ver com a indústria
portuguesa. Sim, já existiu indústria em Portugal. Nessa altura, quando abria uma
fábrica em determinada localidade, a maior parte dos trabalhadores eram obrigados a
sair da sua cidade e iam viver sós ou com as suas famílias para essa localidade.
Isso era aproveitado pelos proprietários para fazer subir exponencialmente e
irracionalmente o preço das rendas nessa zona. Devido a essa situação (e bem!) o
Estado mandou congelar as rendas de forma a evitar estes abusos.
Entretanto, sucessivos governos de gente tonta e cobarde mantiveram este
congelamento ridículo sem qualquer justificação.
Só agora terminou e podemos verificar as consequências desse disparate:

1-Mercado de arrendamento completamente rebentado – “qual é o louco que se atreve a
fazer um arrendamento com este tipo de leis?”
Ainda hoje, é extremamente perigoso arrendar; o inquilino pode pura e simplesmente
não pagar a renda e é uma complicação enorme para pô-lo fora; não tenhamos dúvidas;
a legislação do arrendamento tem ainda muito que evoluir: não paga, sai! Existem
dúvidas sobre isto? É o senhorio que tem de fazer o papel da segurança social? É o
senhorio que tem de suportar um sem número de óbices legais para fazer valer o seu
direito?
2-Zonas históricas das cidades em enorme degradação; é preferível para a maioria dos
senhorios deixar o prédio a apodrecer do que receber rendas míseras e ainda ter de
satisfazer as imposições dos inquilinos.

3-Milhões de proprietários atolados em créditos habitacionais porque toda a gente
prefere comprar do que arrendar. Aqui entram em acção os “senhores dos bancos” que
andaram décadas a impingir créditos habitação e a fazer avaliações loucas. Deviam ser
os bancos obrigados a receber todos os prédios daqueles que não podem pagar os
créditos que contraíram de acordo com as avaliações tontas que andaram a fazer.
4-Prejuízos gravíssimos na mobilidade e produtividade. Pois é, como toda a gente tem a
sua casinha e não pode vendê-la (porque nada vale ou porque ninguém quer comprar),
não existe mobilidade laboral. O interior do País está deserto. Podem construir as
acessibilidades que quiserem que ninguém mexe. Esqueçam isso! Só se for com muito
dinheirinho e diversos incentivos. Tudo por causa da casinha!
Mais grave do que isto tudo é ainda ver em determinados programas um representante
de uma associação de inquilinos a criticar estas mudanças! Como é possível? É o
senhorio que tem de ser a segurança social do inquilino? O Estado quer entrar no céu às
costas dos senhorios!

sábado, 5 de abril de 2014

A propósito de bifes..

CARINA FERRO, deputada do PS-M


Basta olhar para o facebook (e outros tantos portais de emprego), há páginas e páginas de ofertas de emprego (...) a desmotivação não vem do facebook, vem das políticas do Governo que nos sufocam a todos, além do limite.





Apetece-me falar sobre aquela senhora que há parcos meses nos brindou com uma teoria néscia sobre a pobreza e a “incidiosa” necessidade de um indivíduo comer bifes/carne – ou qualquer outro produto alimentício, pelo que li – diariamente. Apetece deixá-la à fome por uns dias e voltar a perguntar-lhe o que pensa sobre a pobreza.

Até poderia ser uma surpresa, quem sabe. E, se nessa altura, fiquei com vontade de deixar a senhora à fome, por estes dias apetece-me mesmo oferecer-lhe um “Magalhães” e deixá-la fechada num quarto às escuras – que, por acaso, é como se sentem muitos dos desempregados do país, às escuras - com um post-it a dizer tão somente “arranja emprego rapidamente” e, a cada dia que não consiga encontrar emprego, colocá-la num quarto mais pequeno, só para sentir na pele o desespero dos portugueses.  

É muito fácil dizer que os desempregados têm que sair à rua e ir procurar trabalho. É muito mais difícil perceber - e aí é que surge a certeza de que esta senhora fala sobre pobreza, mas não a compreende – que um desempregado pode ter toda a vontade e motivação para andar por aí à procura de trabalho, mas não tem dinheiro para pagar essas “aventuras”.

E aqui entra outra questão que é totalmente alheia ao discernimento da senhora: esta é a era das tecnologias. Só alguém muito descrente da evolução do mundo pode considerar que o facebook não é uma janela de encontros multinacionais capaz de tirar muitos do desemprego. A internet é a ponte para o mundo, não há forma de negar isso. Basta olhar para o facebook (e outros tantos portais de emprego), há páginas e páginas de ofertas de emprego (umas melhores e mais fiáveis que outras, obviamente), há páginas de recrutamento, e são essas páginas que têm permitido a muitos dos jovens do nosso país emigrar com alguma garantia do que irão encontrar lá fora.

Se me dissesse que o facebook é um vício que atenta à produtividade, até poderia concordar, mas não nos esqueçamos que a produtividade assenta na motivação, e a desmotivação não vem do facebook, vem das políticas do Governo que nos sufocam a todos, além do limite. E portanto, senhorita Jonet, lamento que desempenhe funções de chefia de uma organização que tem como principal objetivo auxiliar os mais desfavorecidos e necessitados quando desconhece a realidade à sua volta. Até lhe deixo uma dica: deveria experimentar ser voluntária antes de ser presidente - pode ser que a sua sensibilidade nas questões fulcrais que incidem sobre as fragilidades da nossa sociedade sejam algo mais adequadas à realidade e muito menos pérfidas. Se isto não resultar pode, simplesmente, permanecer em silêncio.

terça-feira, 1 de abril de 2014

"Sonha e serás livre de espírito....luta e serás livre na vida" (Che Guevara)

 
 
Esta liberdade - de decidir o caminho a seguir - exige coragem. E porque vivemos tempos conturbados, em que as tomadas de decisão nos poderão colocar entre a espada e a parede, não é fácil decidir...
 

  
É incrível o poder da palavra – LIBERDADE…
Por liberdade se luta…
Por liberdade se mata…

Querem destruir um Homem? Tirem-lhe a liberdade. É uma necessidade intrínseca do ser humano.
Podem não compreender… Podem não querer compreender…
Mas da mesma forma que o ar e a água constituem necessidades à vida… a Liberdade também tem o seu papel essencial.

Tirem a liberdade a um Homem e ele há-de definhar na sua angústia, na sua tristeza, na sua dor… até que tudo o que lhe reste seja apenas uma lembrança do que ele já foi.
A nossa democracia é indissociável do conceito de liberdade. Viver num país democrático significa sermos livres para escolher os caminhos que queremos seguir.

Chegou o momento de reunir energias e ânimos para que possamos retomar o nosso progresso, o nosso crescimento e afirmação nas diversas áreas. Temos que avaliar e aprender com os nossos erros, olhar para o futuro, com a humildade de corrigir o menos bem, e a honestidade de continuar com que estava bem.
Não há tempo a perder!

Mas esta liberdade - de decidir o caminho a seguir - exige coragem. E porque vivemos tempos conturbados, em que as tomadas de decisão nos poderão colocar entre a espada e a parede, não é fácil decidir.

Porém, ter coragem é uma audácia que no fundo todos temos… faz parte da nossa natureza… Por isso, não peçam a um Homem para escolher entre a espada e a parede. Poderão ficar surpreendidos com a escolha.

Um Homem que não é livre é um Homem morto.
Por isso, aconteça o que acontecer, nunca cortem as asas de quem nasceu para voar.
E o Homem nasceu para «voar».